É a doença osteoarticular mais frequente e estima-se que ocorra em 20% da população mundial. Caracteriza-se por uma insuficiência qualitativa e quantitativa, com “desgaste” da cartilagem articular e alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos popularmente como "bicos de papagaio" quando ocorrem na coluna vertebral. Anteriormente era denominada de artrose ou osteoartrose, mas, pela presença de processo inflamatório na sua fisiopatologia, o nome mais correto atualmente é osteoartrite. A distribuição entre os sexos é variável e vai depender da articulação acometida. Acomete mais o sexo feminino, como, por exemplo, nas mãos e joelhos, enquanto na articulação do quadril é mais frequente no sexo masculino. É menos frequente antes dos 40 anos de idade e mais comum após os 60 anos. Embora 85% dos idosos com mais de 75 anos tenham evidência radiográfica ou clínica da doença, somente 30 a 50% queixam-se de dor crônica. A dor é habitualmente insidiosa e, a princípio, piora no início dos movimentos e aos esforços, sendo que em estágios avançados pode estar presente também em repouso. A depender da articulação acometida e gravidade, com o avançar da doença, o paciente pode evoluir com incapacidade funcional para atividades laborais e, até mesmo, de vida diária.
Pode ser denominada como primária, quando não tem uma causa definida, ou como secundária, quando há um fator causal identificado, como, por exemplo: traumas; outras doenças inflamatórias das articulações, como artrite reumatoide; alterações estruturais nas articulações como os joelhos com desvios de direção (valgo ou varo); e distúrbios metabólicos. A participação da hereditariedade é importante em alguns casos, principalmente na osteoartrite de mãos, onde aparecem os nódulos de Heberden (nas interfalangianas distais) ou Bouchard (nas interfalangianas proximais).