A osteoporose é uma doença osteometabólica que se caracteriza pela redução da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a aumento da fragilidade óssea e, portanto, maior risco de fraturas após mínimos traumas. No Brasil, cerca de 15% da população apresenta fratura por baixo impacto (mínimo trauma). É conhecida por ser uma doença silenciosa, que não causa sintomas até que ocorra uma fratura. Os locais mais comuns de fratura são as vértebras, fêmur, antebraço, úmero e costelas. É muito importante ressaltar que até 70% das fraturas vertebrais não causam sintomas e muitos pacientes nem sabem que apresentam osteoporose e este tipo de fratura. Por isso, é muito importante a investigação ativamente da osteoporose em pessoas com fatores de risco para a doença, a fim de iniciar tratamento precoce e prevenir danos. A fratura vertebral, mesmo quando não causa sintomas, aumenta o risco de novas fraturas osteoporóticas, inclusive do quadril, e traz também maior risco de mortalidade. A fratura quadril é responsável por 12% mortalidade em 3 meses e 50% em 1 ano. Além disso, 31% dos pacientes ficam restritos ao leito e até 50% ficam com alguma dependência física.
Os principais fatores de risco para a doença são: sexo feminino, baixa massa óssea, baixo peso, história de fratura prévia, raça branca ou asiática, idade avançada em ambos os sexos, história materna de fratura de fêmur ou osteoporose, menopausa precoce (antes dos 45 anos) , tratamento com medicações que induzem perda de massa óssea (heparina, varfarina, anticonvulsivantes, lítio, metotrexate, corticosteroides, anastrozole, hormônio tiroideano em excesso), amenorreia primária ou secundária, hipogonadismo primário ou secundário em homens, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, imobilização prolongada, dieta pobre em cálcio e vitamina D e concomitância de doenças que induzem perda óssea (hipertiroidismo, hiperparatiroidismo, mieloma múltiplo, etc).