Deve-se suspeitar de SAF em pacientes com um ou mais eventos trombóticos ou tromboembólicos sem explicação aparente, um ou mais eventos adversos específicos relacionados à gestação, plaquetopenia ou aumento do tempo de coagulação (TTPa) sem causa definida. A trombose venosa é mais frequente que a arterial (75% casos), sendo a trombose venosa profunda a mais frequente seguida de embolia pulmonar. Dentre as tromboses arteriais, a mais comum é o acidente vascular encefálico isquêmico (AVCi), seguido do acidente isquêmico transitório (AIT) e infarto agudo do miocárdio (IAM). Sempre suspeitar de SAF em pacientes com AVCi com menos de 50 anos de idade, sem a presença de fatores de risco cardiovasculares tradicionais e naqueles sem etiologia definida. Importante diferenciar fenômeno trombótico de tromboembólico em caso de trombose arterial de SNC, sendo importante considerar fatores de risco cardiovasculares tradicionais, ecodopplercardiograma transesofágico e Doppler transcraniano com teste microbolhas.
O tratamento inclui anticoagulação e controle de outros fatores de risco para trombose, como os fatores de risco cardiovasculares tradicionais. O uso de imunossupressores pode ser indicado em situações específicas.