O lúpus eritematoso sistêmico faz parte de um grupo de doenças conhecidas como doenças autoimunes. No Brasil, estima-se incidência de 8,7/100.000/ habitantes/ano. É uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente mulheres entre 15 e 45 anos de idade em uma proporção de 9 a 14 mulheres para cada 1 homem. Em crianças e idosos esta proporção diminui, embora continue mais frequente em mulheres. Cursa com períodos em que a doença está ativa (paciente com queixas e/ou alterações laboratoriais) e períodos em que a doença está inativa (paciente sem queixas e exames sem alterações). O lúpus não é uma doença comum, não é contagiosa e é causada por alterações no sistema imune. Em pessoas sadias, o sistema imune produz proteínas (anticorpos) contra proteínas estranhas, como as proteínas de vírus e bactérias. Porém, em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, o sistema imune produz anticorpos contra as proteínas ou células do próprio corpo, sendo, por este motivo, chamados de autoanticorpos (anticorpos contra o que é próprio). Os autoanticorpos iniciam um processo que pode causar inflamação em diferentes órgãos, como nas articulações, pele, rins, artérias, sistema nervoso e nas células do sangue.
O lúpus pode ser classificado como:
Cutâneo: somente na pele (lúpus discoide e lúpus subagudo)
Induzido por medicações
O diagnóstico da doença é feito por meio de manifestações clínicas da doença e exames complementares, incluindo exames de sangue (hemograma, exames para avaliação do processo inflamatório, função renal, urina 1, pesquisa de autoanticorpos, etc) e, algumas vezes, exames de imagem e biópsia de tecidos são necessários. O tratamento envolve a prática de exercício físico, uso de fatores de proteção solar, hidroxicloroquina e imunossupressores de acordo com a manifestação da doença.